Entrou o mês de Maio.
O dia das Mães está chegando.
Não há como disfarçar, mas nesses dias o sentimento e o poder de ser mãe aflora nos nervos de todas nós que somos.
Já se passou um pouco mais de um ano desde que comecei a me aventurar nessa doce difícil missão.
E as mesmas velhas questões continuam a serem feitas pelas mesmas velhas pessoas: Por que ser mãe? Por que não casar? Por que adoção? Por que não engravidar? Por que duas crianças? Por que adotar sem um pai? Por que não um carro novo ou uma viagem ao exterior? Por que amar quem nem se conhece? Por que amar? Como amar?
E mesmo assim tem muita gente que insiste em responder por mim. Queria eu garantir minha entrada no céu? Seria eu uma mulher tão mais corajosa ou especial que qualquer outra? Seria eu tão diferente constituindo uma família nada tradicional? Ou apenas louca, instável e inconsequente?
Agora estou à vontade e preparada para responder a cada uma dessas perguntas. E a resposta mais comum a todas elas é “não sei”.
Puxa vida, não sei se vou me arrepender e muito menos se valerá a pena. Não sei, não sei e não sei. E também não estou nem um pouco interessada em saber ou entender os porquês.
Apenas sei que Deus dá a cada um de nós uma missão e uma escolha.
E a partir daí é que somos livres para fazer escolhas.
E minha escolha não estava ligada a um cordão umbilical e muito menos em fragmentos de DNA.
Eu só quis compartilhar um amor puro e mágico com alguém que, talvez, jamais teria a oportunidade de conhecer. Quis transmitir emoções básicas, mas que fazem toda a diferença no final, para alguém que, talvez, jamais sentiria algo parecido.
E por não querer absolutamente nada, sou amada incondicionalmente.
São meus filhos que estão me doando um amor que talvez eu jamais conheceria; são eles que me ensinam, dia após dia, emoções básicas que estão fazendo a grande diferença pra mim.
São eles que estão me transformando, me moldando uma pessoa melhor e dando sentido diferente e espetacular a minha vida.
Enfim, cada um tem seu jeito e seu motivo para amar exatamente porque existem infinitas formas e motivos para se amar.
E ser mãe é uma das mais loucas e incompreensíveis formas de se amar e um dos motivos mais insanos.
Permita-se amar. Não se preocupe como. Não se preocupe por que.
Domingo, 1 de maio de 2011 às 22:42
"Descobri que o melhor lugar para se gerar um filho é no coração."