quarta-feira, 15 de outubro de 2014

LEGALIZE JÁ???

Pára tudo! Pare o mundo se preciso for! Por favor, parem porque eu preciso descer no próximo!
Sinto que a cada dia que passa as pessoas estão cada vez mais perdendo a noção dos valores e, principalmente dos seus direitos e deveres, que implica diretamente no respeito ao próximo.
Não é de hoje que o tema “Legalização da Maconha” tem aberto grandes discussões, mas não estou aqui para falar da legalização, seja para defendê-la ou desaprová-la. Sei que desde que comecei a escrever no Blog, minha única intensão era compartilhar experiências com pessoas que tem medos e dúvidas em relação à adoção, descrevendo o meu cotidiano com meus filhos e também postar matérias que envolvessem todo e qualquer assunto relacionado à criança e sua educação. Mas, como tive meu direito violado, me sinto na OBRIGAÇÃO de compartilhar um momento muito desagradável que passei com meus filhos no último domingo, 05 de Outubro, dia de votação.

O Artigo 5º da nossa Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, é bem claro quando descreve que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. Oras, se somos todos iguais, o direito de um vai até onde o direito do outro começa. Então por que “uns são mais iguais que os outros”*.

 Depois de ter anulado meus votos, parei com meus filhos em um parque de bairro, pequeno, mas bem organizado e com boa estrutura para que eles pudessem fazer coisas de criança: balançar, utilizar a gangorra, gira-gira, escorrega. Não era a única mãe com seus filhos. Principalmente por ser domingo, muitos casais estavam com seus filhos aproveitando aquela manhã tão linda. Mas, parece que nada pode ser perfeito, porque sempre tem alguém que pensa apenas em si mesmo sem respeitar quem está ao lado. Com a maior naturalidade, 3 pivetes (duvido que algum tenha mais que 18 anos) se sentaram ao meu lado e começaram a “bolar” um baseado. Não bastasse, acenderam e fumavam como se estivessem no sofá de suas casas.

Não havia nem 15 minutos que meus filhos tinham começado a se divertir e, por conta de uma raça sem educação, tive que leva-los pra casa em meio a tantas interrogações:
“Mas, mãe, a gente acabou de chegar. Por que já vamos” – comentava o Gabriel.
“Pui que a gente tem que ir? Eu quero ficar!” – reclamava a Rebecca.
“Mãe, só mais um pouquinho, por favor!” – pedia o Gabriel.

E lá fui eu embora, praticamente arrastando meus filhos, tristes e emburrados, dando desculpas esfarrapadas para explicar o motivo pelo qual estávamos indo para casa.

Não quero entrar na esfera da discussão de legalizar ou não a maconha muito menos falar que os maconheiros em questão eram menores de idade. Cada um da sua vida o que bem quer. Todos temos o direito de ir e vir, mas, por favor, não posso aceitar que 3 imbecis comecem a fumar maconha ao meu lado e, principalmente, num ambiente totalmente familiar, na frente dos meus pequenos. Quer fumar, fume!!! Você é livre pra isso!!! Mas não invada meu espaço!

Legalizar pra que? O povo já tá fazendo o que bem entende sem respeito algum. Fico imaginando de legalizarem.

Queimem seus baseados em SUAS casas, em SEUS quintais, em SEUS quartos, em SUAS salas de estar, com SEUS amigos, com SEUS pais, com SEUS parentes, com SEUS filhos, com SEUS animais de estimação! Não invada um espaço público tão pouco venha ferir meus direitos e dos meus filhos!!!


* Trecho da música “Ninguém = Ninguém”, da banda Engenheiros do Hawaii. Composição de Humberto Gessinger.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

POR QUE O MILHO VERDE É AMARELO?

Sábado foi dia de pizza em casa. Pedi ½ 4 Queijos, ½ Milho Verde.


40 minutos depois o pedido chegou.

Crianças à mesa, talheres, pratos, refrigerante e copos.

Ao abri a tampa, fiquei aguardando que cada um fizesse a escolha do sabor. 

Eis que a Rebecca levanta-se, aproxima-se da pizza quase ao ponto de entrar na caixa e fala em tom alto e ríspido:

“Mama mia, liga pra lá e pede pra trocar uigente!”

“Por que?” – perguntei espantada.

“Você pediu milho veide e mandaram o milho errado. Esse milho é amarelo! Estão te enganando!”

Não consegui disfarçar e caí na gargalhada.

Imaginem agora o malabarismo e contorcionismo para tentar inverter a situação e convencê-la de que o milho verde ganha esse nome não pela cor e sim pelo estágio de maturação!

Como tirar a razão de uma criança que, de certo modo, estava totalmente certa?

Alguém se arrisca?

Eu não...