Pára tudo! Pare o mundo se
preciso for! Por favor, parem porque eu preciso descer no próximo!
Sinto que a cada dia que passa as
pessoas estão cada vez mais perdendo a noção dos valores e, principalmente dos
seus direitos e deveres, que implica diretamente no respeito ao próximo.
Não é de hoje que o tema “Legalização
da Maconha” tem aberto grandes discussões, mas não estou aqui para falar da
legalização, seja para defendê-la ou desaprová-la. Sei que desde que comecei a
escrever no Blog, minha única intensão era compartilhar experiências com
pessoas que tem medos e dúvidas em relação à adoção, descrevendo o meu
cotidiano com meus filhos e também postar matérias que envolvessem todo e
qualquer assunto relacionado à criança e sua educação. Mas, como tive meu
direito violado, me sinto na OBRIGAÇÃO de compartilhar um momento muito
desagradável que passei com meus filhos no último domingo, 05 de Outubro, dia
de votação.
O Artigo 5º da nossa Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, é
bem claro quando descreve que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. Oras, se somos
todos iguais, o direito de um vai até onde o direito do outro começa. Então por
que “uns são mais iguais que os outros”*.
Depois de ter anulado meus votos, parei com meus
filhos em um parque de bairro, pequeno, mas bem organizado e com boa estrutura
para que eles pudessem fazer coisas de criança: balançar, utilizar a gangorra,
gira-gira, escorrega. Não era a única mãe com seus filhos. Principalmente por
ser domingo, muitos casais estavam com seus filhos aproveitando aquela manhã
tão linda. Mas, parece que nada pode ser perfeito, porque sempre tem alguém que
pensa apenas em si mesmo sem respeitar quem está ao lado. Com a maior
naturalidade, 3 pivetes (duvido que algum tenha mais que 18 anos) se sentaram
ao meu lado e começaram a “bolar” um baseado. Não bastasse, acenderam e fumavam
como se estivessem no sofá de suas casas.
Não havia nem 15 minutos que meus filhos tinham
começado a se divertir e, por conta de uma raça sem educação, tive que leva-los
pra casa em meio a tantas interrogações:
“Mas, mãe, a gente acabou de chegar. Por que já vamos”
– comentava o Gabriel.
“Pui que a gente tem que ir? Eu quero ficar!” –
reclamava a Rebecca.
“Mãe, só mais um pouquinho, por favor!” – pedia o
Gabriel.
E lá fui eu embora, praticamente
arrastando meus filhos, tristes e emburrados, dando desculpas esfarrapadas para
explicar o motivo pelo qual estávamos indo para casa.
Não quero entrar na esfera da discussão de legalizar
ou não a maconha muito menos falar que os maconheiros em questão eram menores
de idade. Cada um da sua vida o que bem quer. Todos temos o direito de ir e
vir, mas, por favor, não posso aceitar que 3 imbecis comecem a fumar maconha ao
meu lado e, principalmente, num ambiente totalmente familiar, na frente dos
meus pequenos. Quer fumar, fume!!! Você é livre pra isso!!! Mas não invada meu
espaço!
Legalizar pra que? O povo já tá fazendo o que bem entende sem respeito algum. Fico imaginando de legalizarem.
Queimem seus baseados em SUAS casas, em SEUS
quintais, em SEUS quartos, em SUAS salas de estar, com SEUS amigos, com SEUS pais, com SEUS
parentes, com SEUS filhos, com SEUS animais de estimação! Não invada
um espaço público tão pouco venha ferir meus direitos e dos meus filhos!!!