O que vou postar hoje aqui é super recente! Aconteceu ontem a noite... dessa vez, coisas do meu Biel...
Tá chegando o Dia dos Pais. Não pense você que estou preocupada porque tenho que sentar e "inventar" uma historinha qualquer para o Gabriel (não envolve a Rebecca que é menor e nem liga para o fato) falando sobre pai.
Não, não enganei, não engano e jamais me prestarei a esse papel com meus filhos. Por mais dura que seja a realidade, é dentro dela que eles irão crescer. E o Gabriel já tem consciência que ele não tem pai. Não tem pai e ponto. Não tem pai e pronto! Pai é pai. Avô é avô. Desculpem-me aqueles saudosistas que vivem dizendo que "Avô é pai duas vezes" ou que "o avô representa o pai". Discordo em número, grau e gênero. Cada um dentro da família tem que assumir e desenvolver seu papel. E meu pai não é pai do Gabriel nem da Rebecca. Ele é meu pai. Ele é avô do Gabriel e da Rebecca.
Agora é diferente o meu discurso. Meu pai é avô do Gabriel e ponto. Meu pai não é pai do Gabriel e pronto! Meu pai é um homem, aquele que representa a figura masculina para o Gabriel, assim como meu sobrinho e meu cunhado, mas cada um no seu quadrado.
Já ensinei ao Biel que o pai dele é Papai do Céu. E que o vovô é um homem que vai ajudá-lo a se desenvolver e crescer como um homem. O vovô será um espelho no qual você irá se apoiar. Mas, não adianta, você não tem pai aqui. Você tem o melhor pai do mundo que é Papai do Céu.
Veja meu diálogo com ele:
- Não esqueça, se te perguntarem quem é o seu pai o que você responde?
- Que meu pai é Papai do Céu.
- E se perguntarem do seu avô...
- Ué, ele é o vovô, não é pai!
- E se perguntarem porque você não tem pai?
- Eu falo que minha mãe não é casada nem tem namorado. E se ela casar com um homem ele não será meu pai. Ele será meu amigo e "paidrasto".
-E se perguntarem como você nasceu sem pai?

- Ai, mãe... - a conversa já estava ficando chata para ele. - Eu falo que eu tenho um pai, mas o pai que eu conheço é Papai do Céu.
- E o que você vai fazer no Dia dos Pais se você não tem pai?
- Uuuuuuh, eu vou abraçar e beijar o vovô porque ele também é pai, mas é seu. E no Dia das Mães eu abracei e beijei você e a vovó porque a vovó também é mãe, mas é sua.
- Uau! Você aprendeu! Venha cá e me dê um abraço. - eu toda orgulhosa.
Depois do abraço misturado com um beijo ele ficou pensativo e falou:
- Mas eu queria dar um presente pro vovô no Dia dos Pais.
- E o que você quer dar?
Gente, ouvi uma resposta mais que inesperada. Ouvi o pedido, fiquei estática. Senti vontade de rir, e muito, mas me contive. Automaticamente meu sangue de marketeira ferveu em minhas veias e eu notei o poder da propaganda e do marketing. Eu, como profissional, sempre considerei a propagando do produto que o Biel pediu a mais grotesca, mal produzida... resumindo péssima! Sem contar que há anos é a mesma. Notem: não estou avaliando o produto, estou falando da propaganda!
Propagando feia, trash, horrível, barata, chega a ser ridícula, mas não é que a empresa conseguiu alcançar um público? Porque eu, marketeira que sou, tenho certeza que isso não se passou apenas pela cabeça do meu filho, que é de classe C ou D. Muitas crianças devem ter pensado o mesmo que meu filho.Acreditem se quiser, mas meu filho quer presentear o avô, por ser pai e não por ser pai dele com um refrigerante Dolly.
E agora você, sendo profissional da área ou não, me responda:
Mesmo que a gente considere o produto ruim ou de qualidade média, a empresa conseguiu ou não conseguiu ser uma marca muito lembrada?Meu filho poderia ter pedido uma Coca-Cola, uma Sukita, uma Fanta, uma Pepsi, uma Sprite ou qualquer outro produto renomado.
Mas não, quem entrou na cabecinha dele foi a Dolly.
E eu te pergunto, por quê?
Se você tem uma opinião do motivo pelo qual meu filho escolheu Dolly, deixe no comentário.
Eu tenho um ponto de vista, mas adoraria ler o seu!
Abraços
porque é o sabor Brasileiro
ResponderExcluirEu também não tenho pai, pelo menos não um presente, minhas figuras masculinas em casa morreram quando eu tinha, respectivamente, 3 e 9 anos. Sabe que, em toda minha existência eu nunca tive curiosidade de saber quem era meu pai? Claro que já questionei algumas coisas com minha mãe que ela ficou abismada, como quando vi meu pai e perguntei pra ela depois se era ele, e ela disse que sim e perguntou como eu descobri, isso eu tinha 5 anos e ela me fala (eu não lembro, sinceramente) que eu respondi "Ah, pelo jeito dele", e depois disso quando eu tinha 19 anos quando me compararam com um cara que morava não muito longe de casa, e perguntei pra minha mãe se meu pai me chamava "Caetano", ela disse que sim e perguntou porque, e contei da comparação que um cliente fez de mim com o amigo dele, e ela prosseguiu: "Quer saber mais alguma coisa?", e eu apenas dei um simples "Não", até porque, se na minha fase criança/adoslecente eu nunca quis saber, não é agora que nasce esse desejo, e duvido que um dia surja. Só sei que ele é "casado, careca, cego e corno", como eu sempre digo, dessas, só posso afirmar as três primeiras,,,
ResponderExcluirPortanto, o presente desse domingo será de mim para mim mesmo, aliás, minha mãe sempre foi mãe e pai, e ela merece qualquer coisa que eu faça.
Mãe solteira é mãe e é pai, claro, tirando o fato de uma figura paterna.
Maknim
Complementando a sua pergunta, acho que é um jogo de fatores: Musiquinha grudenta que nunca muda e todo ano é igual, mais um bonequinho tosquinho que fica dançando, mais propagandas de hora em hora (quando não a cada 2 minutos por bloco), mais a presença dessa idolatrável e memorável iguaria em festas e comemorações realizadas em casa meio que "marcam" a figura na cabeça de qualquer um.
ResponderExcluirSó consertando o que disse no outro post:
"Mãe solteira é mãe e é pai, claro, tirando o fato de uma figura masculina."
Se é mãe e pai é materna e paterna, dã.
Maknim
Pra quem ficou curioso: sim, comprei 2 Dollys e meus filhos entregaram ao meu pai, cantando a maldita musiquinha... só que trocaram todos os "papai" por "vovô". NGM! NGM! NGM!
ResponderExcluirVejam a força da propaganda!
NGM!NGM!NGM!NGM!NGM!!!