quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014

Domingo, 05 de Outubro.

Eleições 2014.

Levei as crianças pra votar comigo.

Ao entrar na sala Dona Rebecca grita:

"Mãe, vota na Marina!"

"Por que?" - pergunta o mesário.

"Puique ela rouba só um pouco. A Dilma rouba um montão sem fim."

"O voto é segredo! Não pode falar! - advertiu o mesário em tom de brincadeira.

Ela então olhou para os lados e sussurrou pra mim:

"É Marina, mamãe! Não esquece..."



Não sei de onde ela tirou isso, já que nunca falei sobre nenhum candidato perto dos meus filhos.

Meu voto foi nulo. 

Mas as palavras da Rebecca não saíram da minha mente. Não porque fiquei abalada e pensando que poderia ter mudado meu voto, mas por um simples fato: como ela se envolveu com o assunto de eleição, corrupção?

Claro, você deve estar pensando que ela assistiu TV ou ouviu alguém comentando. Mas o cotidiano das minhas crianças se resumem a escola e a programas totalmente infantis. A única adulta dentro da minha casa sou eu e não assisto nada com eles por perto (até porque eu odeio TV). Eles não tem acesso à internet, não mexem no meu celular, nunca assistiram um horário político, telejornal... novela então, fora de cogitação! Fora eu, eles só tem contato com adultos na escola, com minha irmã e meus pais. Minha família não fala sobre política, independente de estarem perto ou longe das crianças. A escola não abordou o tema, pelo menos que eu saiba.

Como ela pode mencionar: "Vota na Marina!" com tamanha naturalidade? E mais: por que só a Rebeca? Porque o Gabriel não?

Crianças...


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